quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

P-PODS: um novo conceito em casas ecológicas.


A empresa Pole House, especializada na criação e construção de casas pré-fabricadas e modulares, criou a P-POD, um kit de casas pré-fabricadas de 47 m2, sustentáveis e muito econômicas: custam apenas U$ 15.950,00.

A casa é dotada de um sistema elétrico à base de luz solar, com potência de 480 watts, que também é utilizado no aquecimento de água. Para a montagem da casas, não são necessárias ferramentas especiais, e ficam prontas em questão de horas. Também podem ser montadas em qualquer tipo de terreno e dada sua característica modular, ganham diferentes configurações, de acordo com o desejo do futuro morador.

Cerca de 40.000 P-PODs já forma encomendadas pelo governo da África do Sul, para suprirem parte do déficit de moradias do país. Já nos EUA, o sistema é usado para fornecer moradia para sem-teto e trabalhadores rurais em migração.

Mais informações no site da empresa: http://www.polehouses.com/


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

23º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira.

Podem ser vistas no Museu da Casa Brasileira, desde 25 de novembro, as 69 peças que compõem a exposição do 23º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, premiação essa que abrange produtos e trabalhos teóricos nacionais, sobre design e arquitetura.

A exposição fica em cartaz até 17 de janeiro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. O MCB fica na Av. Faria Lima, 2705 (Jardim Paulistano), São Paulo. Mais informações no site: http://www.mcb.org.br .

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Semiótica aplicada ao branding: dois livros importantes.



Dando seguimento à apresentação de livros importantes para a área de branding, neste post trarei duas publicações importantes que buscam na semiótica uma sustentação, não só teórica, para o trabalho do designer e do gestor de marcas.

A primeira é o livro A Imagem da Marca, de Joan Costa, publicado pela Edições Rosari. Nele o autor propõe uma fundamentação do que é uma marca e traça seu panorama histórico, desde sua pré-história até os dias de hoje, que ele chama de quarta geração da marca. Joan Costa fecha o livro com estudos aplicados sobre a construção e a gestão das marcas e intangíveis, nos apresentando cases da Pirelli e da Séphora Blanc.

Já no segundo livro, intitulado "A Marca Pós-Moderna", publicado pela Estação das Letras, o autor Andrea Semprini enfoca na atuação da marca no espaço social pós-moderno, espaço este subdividido pelo autor em três partes: o consumo, a comunicação e a economia. Andrea Semprini busca entender a natureza deste espaço onde a marca se materializa, pois o contexto é peça chave na eficácia de qualquer estratégia, mas se volta principalmente para o entendimento das dimensões da marca, procurando entender a fundo tanto a sua identidade quanto os modelos de criação e gestão de marcas que estão em voga na atualidade.

Ambos os autores tomam a marca como um organismo vivo e complexo, que se materializa no interior do espaço social, que é também razão de sua existência. E ambos os autores se utilizam da semiótica para explicar o funcionamento dos mecanismos das marcas, pois uma marca que não comunique sentido algum ao mercado e à sociedade, de nada vale.

Boa leitura!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Lançamento - "Gestão Estratégica do Design".


A M.Books acaba de lançar o livro "Gestão Estratégica do Design", leitura importantíssima para quem acredita que o design deva ser peça chave para qualquer negócio.

Neste livro os autores abordam, entre outras, questões como branding emocional (criação de vínculos emocionais com os clientes), design experience e design como ferramenta de comunicação. O design é colocado como o ponto de sustentação do projeto de branding de uma empresa, bem como das experiências que a marca coloca a disposição de seus clientes.

Porém, ao se delegar um papel estratégico para o design, é imprescindível que este seja gerenciado com eficiência e, de preferência, no seio de uma cultura organizacional que entenda o seu verdadeiro valor, senão os esforços não serão suficientes para se colher os frutos pretendidos.

Mais informações no site da editora: http://www.mbooks.com.br/

Boa leitura!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pesquisa de Design: por quê e para quê?

Por que realizamos pesquisas? Basicamente para diminuir as nossas incertezas sobre determinado assunto. As pesquisas de cunho mercadológico são realizadas justamente para suprir algumas lacunas nas estratégias empresariais, então por que não servirem também para embasar trabalhos de criação?

Conforme Jenn e Ken Visocky O'Grady, autores do livro "A Designers Research Manual", os clientes querem ter certeza de que os designers envolvidos no processo entendem os seus problemas e que o trabalho desempenhado proporcionará retorno ao capital investimento. Com a implantação de métodos de pesquisa ao processo de design, o relacionamento entre cliente e designer é redefinida e ambos os lados lucram com isso.

Vou reproduzir um pequeno trecho do livro para que esta questão fique mais clara: "o design baseado em pesquisa pode ajudar a definir um público, dar suporte a um conceito, defender uma estética, ou medir a eficácia de uma campanha. Em um campo dominado pela subjetividade, ferramentas como a pesquisa de mercado, dados etnográficos, análises da Web ou antecipações de tendências podem ser utilizadas para aumentar a remuneração do design, melhorar a comunicação com o público-alvo, criar mensagens mais eficientes, ou continuamente apoiar um desenvolvimento de projeto. A aplicação de metodologias tradicionais de pesquisa ao processo do design gráfico também posiciona o designer como consultor. Armado dessas provas auxiliares, o artista comercial (tradicionalmente visto como fornecedor) torna-se consultor estratégico (agora visto como associado comercial)".

Acredito que agora seja possível responder as duas perguntas que constam no título deste post: pesquisa de design porque o trabalho de criação é muito mais importante e valioso do que simplesmente desenhar algo bonito e para que este mesmo trabalho tenha o seu devido reconhecimento no mercado, não sofrendo mais com os juízos de valor (subjetivos por natureza).

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Criação: subjetividade x objetividade.

O que é a criação ou mesmo a criatividade? Criatividade é, basicamente, uma faculdade dos seres humanos e, portanto, a criação pode ser, ao mesmo tempo, a ação de criar e o resultado desta ação (algo que foi criado). Ou seja, a ação e o objeto da criação são, por natureza, subjetivos.

Subjetividade é o antônimo de objetividade, pois refere-se ao sujeito, às suas concepções da realidade, enquanto a objetividade refere-se ao mundo exterior ao sujeito, ou seja, a própria realidade. O método científico prega que o pesquisador tenha uma posição objetiva diante do fenômeno estudado, para que não haja "interpretações pessoais" em sua análise.

Se toda criação é uma ação que tem início no pensamento de um sujeito, ela é fruto da subjetividade deste sujeito. Por isso que de posse do mesmo briefing, dois designers diferentes apresentarão propostas diferentes entre si. Porém, ao acrescentarmos na criação um objetivo que seja externo ao sujeito (o pedido de um cliente, o briefing, segmentação de público, etc.), a afastamos do campo artístico (livre para experimentações pessoais) e esperamos um resultado mais próximo do que foi solicitado.

Ao desenhar uma marca, o designer tem de estar atento à toda gama de informações existentes relativas à empresa contemplada. Tais informações servirão de guia para que ele crie a marca de maneira à relacionar, de fato, o desenho e o seu significado a quem eles devem se referir. Porém, ao iniciar o desenho (a ação criativa), o designer traz à tona suas referências visuais, sua experiência profissional, suas pesquisas pessoais, seus estudos, relacionando todo esse material cognitivo de forma quase que natural, por vezes sem perceber que está agindo desta maneira.

É justamente por estar entre a necessidade objetiva e o sujeito criativo que a criação se torna algo tão difícil de precificar e de defender junto ao cliente (gerando muitas refações). Para transformar a criação (o que foi criado) em algo mais valioso e defensável, por assim dizer, é que existem as pesquisas, em especial as de design, tema do próximo post.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Propaganda x Experiência

A propaganda é uma ferramenta essencial para qualquer negócio. Sem sombra de dúvida. O problema é pensar e usar a propaganda como o fim em si mesma, prática que solucionará os problemas de vendas das empresas. Mesmo no âmbito do branding, apenas comunicar (expor) a marca não garante o seu fortalecimento.

Em linhas gerais, a propaganda é capaz de informar o público exposto à ela. Informar nos dois sentidos possíveis, o de dar conhecimento, avisar, comunicar e também o de in-formar, dar forma, fabricar. Ela pode comunicar os atributos do produto ou serviço, como também seduzir o público almejado, despertando, de alguma maneira, o seu desejo de compra (e também criar tendências).

A grande questão é que uma estratégia que esteja prevendo apenas o uso da propaganda, será capaz de vender promessas, não necessariamente cumpri-las. Um exemplo claríssimo é a Telefônica, que investiu e ainda investe em propaganda, mas a prestação de serviços e o atendimento deixam muito a desejar. Apenas vender promessas pode gerar retorno à curto prazo, mas não é uma prática sustentável, pois se torna um ciclo vicioso para a marca, que sempre terá que investir em ações para manter o patamar de vendas.

Em contraponto à este paradigma, deveríamos inserir a propaganda em um projeto maior de comunicação da marca, que vislumbre os públicos interno e externo, para gerar uma equivalência entre a promessa ofertada e sua entrega, que também podemos chamar de experiência de marca. Um exemplo célebre é o caso do reposicionamento do Unibanco, um projeto completo de revitalização de marca, onde a promessa principal "nem parece que é banco" foi materializada nas linguagens visual e verbal do banco e as agências sofreram um trabalho de . Como resultado, os colaboradores ficaram mais motivados a assumirem um posição desafiadora e a percepção da marca alcançou o objetivo almejado (que conforme a agência responsável, Ana Couto Branding & Design, era ser um banco mais "próximo, democrático, jovem, moderno e competitivo").

Para finalizar o post, só quero enfatizar que não se trata de decretar a morte da propaganda nem torná-la menor, mas sim de ressaltar a importância de um projeto completo de marca, onde comunicação e experiência sensorial e emocional trabalhem em sincronia, em prol da satisfação e fidelização daquilo que é a razão da existência de toda empresa com fins lucrativos: o cliente.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sobre o Fino Blog.


O Fino Blog é uma realização da empresa Fino Criativo e seus colaboradores.

A Fino Criativo tem seu foco de trabalho baseado em 3 áreas: Branding, Design e Inovação. Essas três matérias compõe os 3 pilares que fundamentam todos os trabalhos realizados pela empresa.

Neste blog, temos a intenção de publicar idéias e estudos das pessoas que compõe esse núcleo. Sempre ligados às áreas de atuação da empresa, esperamos que os textos publicados dialoguem com mercado e os interessados nos assuntos abordados, criando assim mais um canal de comunicação entre a Fino Criativo e seus diversos públicos.

Boa leitura!