Em linhas gerais, a propaganda é capaz de informar o público exposto à ela. Informar nos dois sentidos possíveis, o de dar conhecimento, avisar, comunicar e também o de in-formar, dar forma, fabricar. Ela pode comunicar os atributos do produto ou serviço, como também seduzir o público almejado, despertando, de alguma maneira, o seu desejo de compra (e também criar tendências).
A grande questão é que uma estratégia que esteja prevendo apenas o uso da propaganda, será capaz de vender promessas, não necessariamente cumpri-las. Um exemplo claríssimo é a Telefônica, que investiu e ainda investe em propaganda, mas a prestação de serviços e o atendimento deixam muito a desejar. Apenas vender promessas pode gerar retorno à curto prazo, mas não é uma prática sustentável, pois se torna um ciclo vicioso para a marca, que sempre terá que investir em ações para manter o patamar de vendas.
Em contraponto à este paradigma, deveríamos inserir a propaganda em um projeto maior de comunicação da marca, que vislumbre os públicos interno e externo, para gerar uma equivalência entre a promessa ofertada e sua entrega, que também podemos chamar de experiência de marca. Um exemplo célebre é o caso do reposicionamento do Unibanco, um projeto completo de revitalização de marca, onde a promessa principal "nem parece que é banco" foi materializada nas linguagens visual e verbal do banco e as agências sofreram um trabalho de . Como resultado, os colaboradores ficaram mais motivados a assumirem um posição desafiadora e a percepção da marca alcançou o objetivo almejado (que conforme a agência responsável, Ana Couto Branding & Design, era ser um banco mais "próximo, democrático, jovem, moderno e competitivo").
Para finalizar o post, só quero enfatizar que não se trata de decretar a morte da propaganda nem torná-la menor, mas sim de ressaltar a importância de um projeto completo de marca, onde comunicação e experiência sensorial e emocional trabalhem em sincronia, em prol da satisfação e fidelização daquilo que é a razão da existência de toda empresa com fins lucrativos: o cliente.