segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Tipos Latinos 2010" em São Paulo

Foi inaugurada no dia 26 de junho, no Centro Cultural São Paulo, a exposição da "4ª Bienal de Tipografia Latino-Americana", que apresenta os resultados do processo seletivo dos melhores trabalhos de tipografia dos países da região, realizado em Montevidéu no último mês de março.

A mostra, que ficará em cartaz até 29 de agosto, tem como um dos seus destaques a família "Monarcha", do gaúcho Isac Correa Rodrigues, e também conta com mais sete trabalhos de brasileiros: "FS Jack", de Fernando Mello, com o britânico Jason Smith, "Arauto" e "Petra", ambas de Fernando Caro, "Vocês", de Ana Paula de Bragança Megda, com o argentino Pablo Ugerman, "Boneca de Pano PR", de Pedrina Reis, "Adriane Lux", de Marconi Lima e "Force", de Ricardo Esteves Gomes.

Em São Paulo, além da exposição, haverá palestras e workshops com designers brasileiros e internacionais. A exposição poderá ser vista de terça a sexta-feira, das 10h00 às 20h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 18h00. O Centro Cultural São Paulo fica na Av. Vergueiro, 1000 (Paraíso), São Paulo. Mais informações no site:
tiposlatinos.com/2010, onde pode ser lido comentário do designer Fabio Lopez, que representou o Brasil no júri da mostra.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Marca: Vale a pena investir?


Toda marca possui características que formam sua personalidade. Com a influência do mercado que prega a competitividade, fazendo com que as marcas assumam uma postura cada vez mais agressiva, em um contexto imediatista, esse tipo de postura pode até ser bastante válido para se obter o retorno dos investimentos e a lucratividade esperada em curto prazo. Por outro lado, até que ponto esse tipo de postura pode influenciar na percepção da marca na visão das pessoas em longo prazo?

Hoje em dia, as marcas têm que se adaptar para implementar novos conceitos que antigamente eram vistos como algo inovador, mas com o tempo acabaram se tornando premissas em um mercado cada vez mais exigente e são vistas como “obrigação” pelos consumidores, como as práticas de sustentabilidade, responsabilidade social, qualidade, consumo consciente, etc. Essas adaptações que as empresas se vêem obrigadas a fazer para estarem atualizadas com as novas necessidades do mercado geram custos onde o retorno, nem sempre, vem em um curto prazo de tempo.

Com tudo isso e os novos conceitos que vem surgindo, as empresas se vêem obrigadas a se adaptar para atender às novas necessidades de seus clientes. Em contra partida, sabendo dos altos custos para essas constantes adaptações ou adequações, as empresas buscam soluções para aumentar seu faturamento como forma de equilibrar os valores gastos e assim, além de se manterem alinhadas e atualizadas com o que vem acontecendo no mercado, agradam seus investidores e/ou donos dos negócios. Mas para isso, o caminho que vem sendo utilizado pela maioria das empresas é a superexposição das marcas em todo o tipo de mídia, além de uma prática muito perigosa, que é a diferenciação por preço. Em um contexto geral, se as marcas e produtos estão tendo grande aceitação e reconhecimento no mercado pode ser um grande sinal de que os mesmos estejam vendendo bem e dando lucro a empresa. Por outro lado, será que a maneira como as empresas vem divulgando suas marcas e produtos de maneira não planejada, visando obter retorno em curto prazo, não pode causar um impacto negativo em longo prazo?

As grandes empresas, hoje em dia, estão se conscientizando de que, para expor seus produtos e marcas, é preciso estarem alinhadas com o conceito das mesmas e é por isso que estão reconsiderando seus posicionamentos. Muito comum vermos que a grande maioria das campanhas que veiculam na mídia hoje não fazem referência direta aos produtos que estão vendendo, exaltando suas qualidades ou falando diretamente de suas características, mas sim buscam exaltar conceito do que eles desejam que os mesmos representem na vida de seus consumidores. Isso mostra que os mesmos buscam cada vez mais um diferencial para fazer a escolha do produto na hora da compra, e que esse diferencial vai muito além do preço.

O aumento da competitividade decorrente da globalização e da expansão mercados fez com que as empresas fossem obrigadas a buscar diferenciais para seus produtos, adotando estratégias cada vez mais direcionadas ao seu público alvo. Para cativar o cliente, hoje é necessário muito mais que satisfazer suas necessidades de consumo e oferecer um bom preço por isso. Henry Ford certa vez disse: “Se e eu tivesse perguntado às pessoas o que eles queriam, teriam dito os cavalos mais rápidos”.
É preciso criar algo que diferencie seu produto e fazer com que isso seja um diferencial na hora da escolha. Como disse Steve Jobs: “As pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas”.

Divulgar os produtos e marcas é uma atividade necessária para a sobrevivência dos mesmos, mas tudo isso deve ser feito de forma muito bem planejada, visando equilibrar as necessidades dos consumidores com as das empresas, solidificando sua posição no mercado, para assim, em longo prazo, diminuir os riscos e investimentos.


por Henry Ussami Koeke

terça-feira, 8 de junho de 2010

Google x Apple.


Em maio passado ocorreu, em São Francisco, o encontro anual que a Google promove para desenvolvedores, intitulado Google I/O (inovação e abertura). As principais novidades apresentadas pela empresa foram a nova versão do seu sistema operacional para celulares, o Android 2.2 e a Google TV.

O que há de comum entre eles é que ambos rodam Flash, tecnologia esta desmerecida por Steve Jobs e abolida dos novos produtos da Apple, como o iPhone e o iPad. Com esta parceria entre Google e Adobe dá fôlego extra para o Flash e formaliza uma briga de peixes grandes. De um lado uma empresa inovadora que prega a aberta e o trabalho em conjunto, já do outro lado, uma empresa também inovadora, só que fechada e por vezes pode se passar por arrogante.

No atual contexto da sociedade em rede, onde as redes sociais tomam conta da atenção de muitos internautas e "compartilhamento" e "colaborativo" sãos os mantras da vez, a Google se aproveita da brecha deixada pela Apple e fortalece a sua imagem de empresa conectada e parceira, por assim dizer, enquanto a macieira parece carecer apenas de sua estufa.

Nenhum homem é uma ilha, uma marca muito menos.